05/06/2020

Coronavírus: saiba como conservar os óleos de usinagem durante a pandemia

O Coronavírus pegou não apenas a usinagem, como o mundo inteiro de surpresa. Jamais teríamos previsto que seus efeitos seriam tão devastadores e duradouros. E, em meio a preocupação com a própria saúde e o bem-estar de amigos e familiares, é cada vez mais necessário voltar a atenção para o trabalho. A indústria já está sofrendo com os impactos econômicos da pandemia, portanto, faz-se preciso evitar ao máximo gastos desnecessários e perdas. Uma boa forma de preservar parte da saúde da usinagem é cuidando da conservação dos óleos de usinagem que, por conta da quarentena, podem acabar parados por um período maior que o convencional.

Você sabe como fazer para manter a conservação dos óleos de usinagem? Se em meio a uma rotina produtiva o “tempo parado” não existia, agora é primordial considerá-lo. Isso porque quando o produto está em repouso ou sem reposição de concentrado, acaba ficando à mercê de microrganismos e estragando, trazendo gastos desnecessários e prejuízos.

Saber como conservar os óleos de usinagem mesmo num cenário de quarentena e manter seus ativos em condições de funcionamento é prezar pelo bem-estar da equipe e pela continuidade da empresa.

Caso sua indústria tenha ficado parada por um período maior que o habitual, ela pode acabar se deparando com problemas nos óleos de usinagem, como:

- Cheiro incômodo ou fétido no ambiente de armazenagem, devido a contaminação por microrganismos e fungos;

- Risco de corrosão nas peças e máquinas, e desgastes nas peças pelas más condições do óleo de usinagem;

- Risco aos funcionários que operam diretamente com o óleo, causando lesões na pele.

- Irritação das vias aéreas de quem lida diretamente com o óleo prejudicado.



Então como evitar esses danos humanos e perdas econômicas? Tomando uma série de cuidados com a conservação dos óleos de usinagem é possível atravessar essa fase atípica causada pelo Coronavírus com mais tranquilidade.


Primeiro, verifique a concentração do produto e seu pH. Avaliar como se encontra o produto, analisando se está de acordo com o ideal para sua aplicação e tipo ajuda a deixar claro o estado atual e o nível de dificuldade para conservá-lo antes mesmo de a empresa parar.

Uma das formas mais comuns de conservação engloba utilizar uma dose extra do alcalinizante de sua preferência, tal como de preservante no óleo de usinagem. A junção dos dois ao produto original evita o ataque de microrganismos a ele, mesmo se for preciso deixá-lo inerte por um certo período.

Elevar a concentração do óleo solúvel nos tranques é outro método que também pode ser empregado.

Outra dica é verificar a substância que resulta dos fluidos hidráulicos de máquinas misturadas com protetivos, chamadas de tramp oil. Quando há uso constante, o mesmo não apresenta qualquer tipo de risco. No entanto, em uma situação de paralização, requer limpeza, pois quando fica parado, acaba favorecendo o surgimento de microrganismos.

Tomando essas medidas de cuidado, ao retornar às atividades normais é necessário apenas verificar mais uma vez a quantidade de óleo de usinagem, sua concentração e seu pH. Assim é possível reiniciar o trabalho com segurança, antes que ele entre em contato com algum funcionário ou com as máquinas, podendo causar danos. Acertar a emulsão dos óleos onde é detectada alguma alteração é uma boa ideia para poder prosseguir sem problemas.

Também pode ser uma medida de cautela favorável higienizar todo o ambiente de trabalho, assim como máquinas e componentes. Além de anular a ação de microrganismos, também é uma forma de ajudar na prevenção do Coronavírus.

E, caso seja verificado que, por um descuido ou por falta de tempo para prevenção, o óleo de usinagem acabou se deteriorando, não tente reaproveitá-lo. Isso só trará mais prejuízos para o seu processo de usinagem e talvez também para sua equipe. O correto é descartar o material prejudicado e repô-lo com um novo produto devidamente dentro dos padrões necessários.

Tomando estes cuidados e focando na prevenção, é possível reviver a produtividade que a usinagem tanto precisa, mesmo em tempos de crise.